quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Brasil será potência mundial também nos esportes, prevê secretário

Ivy Farias
Repórter da Agência Brasil


São Paulo - Para aumentar as chances de o Brasil obter mais medalhas nas próximas Olímpiadas, que serão realizadas em Londres, em 2012, o Ministério dos Esportes começa a pensar em um plano estratégico para incentivar a prática de esportes no país e identificar e formar novos talentos. "Acreditamos que, a partir da quantidade, sai a qualidade", avalia o secretário nacional de Esporte Educacional, Júlio Filgueira, que está envolvido na elaboração do projeto.

Filgueira acredita que o país já pode ser uma potência mundial do esporte a partir de 2012. "Vamos melhorar cada vez mais nosso desempenho", diz o secretário, que participou da 26º edição da Sports Business, feira de negócios de esportes, na tarde de hoje (3), em São Paulo.

Apesar de não ter nenhum plano estruturado para 2012 até o momento, o Ministério dos Esportes tem dialogado com o Comitê Olímpíco Brasileiro (COB) e o Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB) para, até o final do ano, criar programas de incentivo. "Vamos trabalhar também em parceria com o MEC para levar o esporte até as escolas", explica o secretário. Por enquanto, o Ministério dos Esportes não tem uma previsão de orçamento para destinar para os programas.

De acordo com Filgueira, investir no esporte e ajudar atletas a trazer medalhas só traz benefícios para a nação. "Quando a Maurren Maggi chega com uma medalha de ouro, ela inspira toda uma geração a praticar esportes, promovendo qualidade de vida e saúde." Para o secretário, não serão apenas os jovens atletas descobertos que serão os únicos beneficiários do programa: os esportistas que já estão competindo em eventos internacionais também terão mais retorno. "Os que estão na 'entresafra' já podem contar com o Bolsa Atleta, por exemplo", diz ele, sobre o programa que garante uma bolsa para atletas de alto desempenho que não tenham patrocínio.

domingo, 24 de agosto de 2008

Brasil: 23.º lugar no quadro de medalhas da Olimpíada

PEQUIM - A delegação brasileira encerrou sua participação nos Jogos Olímpicos de Pequim na 23.ª colocação geral no quadro de medalhas. O País conquistou três ouros, quatro pratas e oito bronzes, 15 medalhas no total, mas estabeleceu marcas histórias para o esporte do país na competição.

A mais significativa delas foi a presença da primeira mulher brasileira a ocupar o lugar mais alto do pódio numa competição individual: Maurren Higa Maggi, que venceu o salto em distância com autoridade ao fazer uma marca de 7m04 logo em sua primeira tentativa.

Antes, a judoca Ketleyn Quadros ficou com o bronze na categoria leve e se tornou a primeira a subir ao pódio. Quem teve desempenho semelhante foi Natalia Falavigna, na categoria acima de 67 quilos do taekwondo, e a dupla formada por Fernanda Oliveira e Isabel Swan, na classe 470 da vela.

Outra medalha de ouro para as mulheres foi a do vôlei. Com uma campanha irretocável e apenas um set perdido durante toda a competição, as comandadas do técnico Zé Roberto Guimarães calaram as críticas pelas derrotas em Atenas 2004 e no Pan do Rio 2007, tornando-se as primeiras num esporte coletivo a levarem o ouro para o Brasil.

Com informações da Agência Estado

Depois do ouro, confederação anuncia novo centro de treinamento de atletismo

Mylena Fiori
Enviada Especial


Pequim (China) - O Brasil em breve terá um novo centro de treinamento de atletismo. O anúncio foi feito neste sábado pelo presidente da Confederação Brasileira de Atletismo, Roberto Gesta, depois da conquista do ouro olímpico em salto a distância pela brasileira Maurren Maggi. O novo local de treinamento ficará em Bragança Paulista.

“Já estávamos estudando há algum tempo a possibilidade de até o final do ano se constituir um grande centro de treinamento, um dos melhores do mundo, que está praticamente sendo concluído, especialmente para saltos e velocidade. Queremos fazer disso um ponto de referência no mundo”, revelou Gesta.

Na avaliação de Gesta, a medalha de Maurren Maggi eleva o atletismo sul-americano a um novo patamar. “É um incentivo para as gerações que vêm, é a prova de que o atletismo feminino está subindo muito”, afirmou.

O técnico Nélio Moura frisou que, aos poucos, o Brasil está montando uma estrutura que favorece a obtenção de resultados como o de Maurren.

“O Brasil já é considerado uma referência em treinamento de saltos horizontais. Temos a possibilidade, agora, de crescer muito mais”, avaliou.

Segundo ele, o importante é ter mais lugares para treino e envolver um número muito maior de crianças no atletismo. “Tenho certeza de que com esse carisma da Maurren, ela vai ser capaz de ajudar a popularizar o atletismo no Brasil”, afirmou.

Acompanhe a cobertura olímpica multimídia da equipe da Empresa Brasil de Comunicação no site China 2008.

sábado, 23 de agosto de 2008

Prata, Fábio Luiz diz que pretende manter parceria com Márcio

MARIANA LAJOLO
da Folha de S.Paulo, em Pequim (China)

Após conquistarem a medalha de prata no vôlei de praia em Pequim, Márcio e Fábio Luiz já começam a fazer planos para a próxima temporada.

Fábio Luiz, que ficou chateado com a derrota para os norte-americanos Rogers e Dalhausser, por 2 a 1 (23/21, 17/21 e 15/4), afirmou que planeja ficar com o atual parceiro.

O jogador quer começar a traçar já um plano de quatro anos que os leve à Olimpíada de Londres-2012.

"Não tem motivo para a gente se separar depois de tudo o que passou, mas ainda vamos ver, isso será conversado", disse.

Márcio e Fábio Luiz chegaram a Pequim após quase perderem a vaga olímpica por problemas de lesão e relacionamento. Na China, não eram apontados como favoritos.

Campeões olímpicos de 2004, Ricardo e Emanuel ficaram com o bronze ao derrotarem Geor e Gia (os brasileiros naturalizados Jorge e Renato, da Geórgia) e garantiram pela primeira vez dois lugares para o Brasil no pódio olímpico do vôlei de praia masculino.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Brasil vence Itália e tenta revanche contra EUA na final

Depois de um começo difícil em Pequim, a seleção brasileira de vôlei masculino jogou bem e superou a Itália por 3 sets a 1, parciais 19-25, 25-18, 25,-21 e 25-22, mostrando porque chegou à segunda final olímpica consecutiva sendo favorito ao ouro.
O jogo da final será contra os EUA e tem gosto de revanche, o Brasil foi eliminado da Liga Mundial pelos norte-americanos em pleno Maracãzininho no Rio de Janeiro.

A decisão será no próximo domingo, às 0h, horário de Mato Grosso do Sul.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Olimpíadas: Brasil vence a China e decide o ouro

Depois de quatro tentativas frustradas, o Brasil finalmente superou o trauma de semifinais de Jogos Olímpicos. Nesta quinta-feira, no Ginásio Capital, a equipe derrotou a China por 3 sets a 0, com parciais de 27-25, 25-22 e 25-14, e se classificou pela primeira vez para uma decisão olímpica.

Na final do campeonato, às 8h do próximo sábado (horário de MS), a equipe do técnico José Roberto Guimarães vai enfrentar os Estados Unidos. China e Cuba vão jogar pela medalha de bronze.

Desde os Jogos de Barcelona-1992, o Brasil bate na trave da final olímpica. Na Espanha, a seleção ficou em quarto lugar, depois de perder a semifinal para a CEI (Comunidade dos Estados Independentes, que reunia as ex-repúblicas soviéticas). Em Atlanta-1996 e Sydney-2000, o time perdeu para Cuba nas semifinais e acabou com o bronze.

Já em Atenas-2004, o Brasil caiu em uma semifinal histórica contra a Rússia, levando a virada depois de estar vencendo por 24-19 no quarto set. Na ocasião, a equipe também era dirigida por José Roberto Guimarães.

Nesta quinta-feira, o Brasil fez uma exibição de gala para chegar à final. A seleção literalmente calou o Ginásio Capital, que se pintou de vermelho para ver as donas da casa, campeãs no vôlei feminino em Atenas.

Uol

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Aquidauanense Talita disputa o bronze hoje em Pequim


A aquidauanense Talita Antunes que forma dupla com a carioca Renata vão disputar hoje a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Pequim no vôlei de praia.

O jogo está marcado para as 21 horas (horário de MS) contra as chinesas Xue/Zhang Xi. Conforme entrevista de Talita ao Jornal do SBT desta terça-feira, a aquidauanense afirmou que fará de tudo para conseguir o bronze.

Esta é a primeira participação da sul-mato-grossense em Olimpíadas e a conquista de uma medalha já seria um feito inédito. Aos 26 anos, Talita está perto de fazer história no esporte aquidauanense. Ela poderá ser a primeira atleta nascida em Aquidauana a conquistar uma medalha olímpica.

Familiares da atleta estão programando uma grande festa hoje a noite na rua Assis Ribeiro. A partir das 20h um telão será instalado em frente à casa dos avós da atleta para que todos possam assistir e incentivar a aquidauanense na disputa pelo bronze.

Difusora

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Renata e Talita perdem para americanas e ficam fora da final

O Brasil pela primeira vez está fora da final do vôlei de praia feminino dos Jogos Olímpicos. Na noite desta segunda-feira (horário de Brasília), Renata e Talita foram arrasadas pelas norte-americanas Kerri Walsh e Misty May-Treanor por 2 sets a 0, com parciais de 21-12 e 21-14 pelas semifinais da competição em Pequim.

Com isso, a dupla brasileira vai disputar a medalha de bronze contra as perdedoras da partida entre as chinesas Tian Jia/Wang e Xue/Zhang Xi. A briga pelo pódio acontecerá na quinta-feira.

Renata e Talita foram a segunda dupla brasileira a ser eliminadas por Walsh e May em Pequim. Nas quartas-de-final, as norte-americanas já haviam mandado para casa Ana Paula e Larissa.

Nas três vezes anteriores que o vôlei de praia foi disputado nos Jogos Olímpicos, o Brasil colocou ao menos uma dupla na final feminina. Em Atlanta-1996, Jackie Silva e Sandra Pires venceram Adriana Samuel e Mônica na decisão. Em Sydney-2000 e Atenas-2004, Adriana Behar e Shelda ficaram com a prata.

Nesta segunda-feira, o favoritismo de Walsh e May era absoluto. As atuais campeãs olímpicas entraram na Arena de vôlei de praia de Chaoyang para defender uma invencibilidade de 106 partidas.

Além disso, o retrospecto diante da dupla brasileira era muito forte, com quatro vitórias por 2 sets a 0 nas quatro vezes em que se enfrentaram.

Com um excelente desempenho defensivo, Walsh e May começaram de maneira arrasadora, marcando logo 5-1. Nervosas, as brasileiras erraram muitos saques e ataques, tornando-se presas fáceis para as norte-americanas.

Apenas no final do set a dupla nacional começou a se encontrar. Mas aí já era tarde para tentar qualquer reação. Um ataque de May definiu a parcial a favor das norte-americanas em fáceis 21-12, em apenas 20 minutos.

No segundo set, Renata e Talita jogaram de maneira mais ousada, forçando mais o saque. E a tática deu resultado. Elas ao menos conseguiram equilibrar o jogo diante das norte-americanas.

A dupla brasileira poderia até ter conseguido ficar à frente do marcador se Talita não desperdiçasse um contra-ataque quando a partida estava em 10 a 10. O erro foi fatal para a pretensão brasileira. Walsh e May tomaram as rédeas da partida e confirmaram o favoritismo com uma vitória de 21-14 na parcial.

UOL

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Superação brasileira (Orlando Duarte - Tribuna da Imprensa)

Conquistar uma medalha nos Jogos Olímpicos não é fácil, seja qual for a modalidade. Em algumas delas, o nível de dificuldade é ainda maior. É o caso do boxe para os brasileiros. A única medalha do País foi conquistada por Servílio de Oliveira, na Olimpíada disputada na Cidade do México, em 1968. Com muito esforço, o brasileiro conquistou o bronze após vencer um pugilista turco e outro ganês e perder apenas para um mexicano.

Agora, 40 anos depois, Washington Silva está em Pequim para tentar quebrar este jejum. Não será fácil, pois enfrentará um irlandês mais experiente. No entanto, mesmo com diversas lesões, o brasileiro mostrou que é possível vencer obstáculos e buscar um sonho que, para muitos, parece impossível. Com medalha ou não, Washington Silva merece o reconhecimento de todo o povo brasileiro.

Curioso

É possível o dono de 67 recordes mundiais ter nascido sem o menor dom para o esporte? Claro. Foi assim com o americano Johnny Weissmuller, eleito o melhor nadador da primeira metade do século 20 pela Associated Press.

Seu treinador costumava afirmar que, para Weissmuller, não existia distância que o desanimasse. "Bastava a ele uma piscina, um cronômetro e uma linha de chegada", dizia William Bachrach. No total, ele conquistou seis medalhas olímpicas em Paris e Amsterdã, sendo cinco de ouro na natação e um bronze no pólo aquático. Só não brilhou mais porque trocou as piscinas por Hollywood. Depois de fazer comerciais, foi aprovado num teste de ator e, durante 16 anos, fez o papel de Tarzã.

Handebol

O time masculino não foi muito bem nestes Jogos Olímpicos, mas o trabalho da Confederação Brasileira de Handebol deve ser destacado, já que houve grande evolução desde a chegada dos treinadores espanhóis Juan Oliver Coronado e Jordi Ribera. A tendência é de que esse trabalho eficiente continue, mesmo sem Jordi no comando da equipe, já que ele não continuará depois da Olimpíada.

Futuro

Silas jogou no São Paulo na década de 1980. Foi um dos grandes nomes do futebol do Morumbi e agora se arrisca na carreira de treinador. Assim como Zetti, outro ex-são-paulino, que agora treina o Juventude, Silas faz sucesso na série B, no comando do Avaí. Ambos já conquistaram resultados expressivos nesta nova função.

Silas colocou a equipe de Santa Catarina entre os primeiros colocados, o que não acontecia nos últimos campeonatos. Zetti, por sua vez, já foi vice-campeão paulista pelo Paulista, de Jundiaí, e pode conquistar seu segundo acesso à série A, já que o primeiro foi com o Fortaleza.

Alvo

Depois de contratar os zagueiros Henrique, que já não atua mais pelo clube, e Jeci, do Coritiba, o Palmeiras quer o artilheiro da equipe no Brasileiro para a temporada 2009. Na verdade, o interesse em Keirrison existe desde o início de 2008, mas o Palmeiras deve investir forte para contratar o ótimo jogador do Coxa.



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domingo, 17 de agosto de 2008

Ana Paula reverencia Larissa e diz que estará com "bengalinha" em 2012





Caio Guatelli/Folha Imagem
PEQUIM, CHINA,15/8/2008, 21h49 (horario local): ***EXCLUSIVO FOLHA*** OLIMPIADAS 2008: As brasileiras Ana Paula e Larissa venceram por 2 a 0 as alemas Pohl e Rau nas preliminares do volei de praia. (foto: Caio Guatelli/Folha Imagem)
Jogadoras vibram na primeira fase

Brasileiras se mostraram unidas

da Folha Online

Depois de se despedir de sua quarta e provavelmente última Olimpíada, Ana Paula reverenciou a parceira Larissa, com quem foi eliminada da disputa do vôlei de praia nos Jogos de Pequim, na madrugada deste domingo.

As brasileiras foram superadas pelas atuais campeãs olímpicas, as norte-americanas Walsh e May, que venceram por 2 sets a 0, parciais de 21/18 e 21/15, nas quartas-de-final. Apesar de evitar falar que estes foram seus últimos Jogos, Ana Paula afirmou que no próximo, em Londres, em 2012, será difícil de atuar.

"Em Londres vou estar na torcida pela Larissa. Já vou estar com minha bengalinha até lá. Aprendi a admirá-la aqui, a respeitá-la como mulher, ser humano. Antes eu conhecia e admirava a Larissa jogadora", falou Ana Paula.

Em 1992, Ana Paula disputou seus primeiros Jogos da carreira no vôlei de quadra --ficou em quarto lugar em Barcelona. Ela também participou da Olimpíada de 1996, ano em que subiu ao pódio com a seleção feminina comandada por Bernardinho, ao ganhar a medalha de bronze em Atlanta.

Em Atenas-2004 Ana Paula formou dupla no vôlei de praia com Sandra e foi eliminada nas quartas-de-final.

Ela disse ter propostas para jogar na AVP (Liga Profissional dos Estados Unidos). Ao voltar para o Brasil, ela vai se reunir com Shelda, sua parceira no Circuito Mundial, para definir o planejamento para 2009.
Caio Guatelli/Folha Imagem
PEQUIM, CHINA,15/8/2008, 21h49 (horario local): ***EXCLUSIVO FOLHA*** OLIMPIADAS 2008: As brasileiras Ana Paula e Larissa venceram por 2 a 0 as alemas Pohl e Rau nas preliminares do volei de praia. (foto: Caio Guatelli/Folha Imagem)
Jogadoras vibram na primeira fase

Ana Paula e Larissa estavam jogando juntas há poucos dias. Ana Paula foi chamada às pressas para formar dupla com Larissa após Juliana desistir da competição em virtude de lesão no joelho direito.

Durante os Jogos, as duas jogadores sempre ressaltaram o esforço feito por ambas para que se conhecessem melhor. "A gente fica na resenha até as 2h da manhã, tentando se conhecer", disse Ana Paula, durante a semana.

"Amadureci muito com a Ana Paula, aprendi o que é disputar uma Olimpíada. Conseguimos formar um bom time em uma semana e apresentar um bom nível de jogo. Ela se mostrou companheira até o final", falou Larissa.

Duplas masculinas

Atuais campeões olímpicos, Ricardo e Emanuel enfrentam a dupla norte-americana formada por Jacob Gibb e Sean Rosenthal nas quartas-de-final. Também classificada para as quartas, a outra dupla brasileira, formada por Márcio e Fábio Luiz, encara os austríacos Gosch e Horst.

sábado, 16 de agosto de 2008

Diego é favorito e Daiane tem nova chance nas finais do solo

Por Sonia Oxley

PEQUIM (Reuters) - Atual campeã mundial no individual geral da ginástica artística, a norte-americana Shawn Johnson vai tentar amenizar, no domingo, a frustração de não ter alcançado o mesmo título na Olimpíada de Pequim, quando voltar ao tablado na disputa pelo ouro do solo. Na mesma prova, estará a brasileira Daiane dos Santos.

Ainda pelo Brasil, o bicampeão mundial do solo masculino Diego Hypólito é o favorito a conquistar a primeira medalha da ginástica do país em Jogos Olímpicos, enquanto Jade Barbosa classificou-se em sétimo lugar para a final do salto.

A disputa feminina do solo não será fácil, com a presença da também norte-americana Nastia Liukin, que deixou Johnson para trás na prova da "ginasta mais completa", e a própria Daiane, 5a colocada em Atenas-2004.

A brasileira terá sua segunda chance em Olimpíada, sem estar machucada como há quatro anos. A gaúcha, campeã mundial do solo em 2003, quer uma medalha -- "não importa qual". Outras candidatas a medalha são a romena Sandra Izbasa e a chinesa Cheng Fei.

No salto, Jade Barbosa terá adversárias muito fortes. A chinesa Cheng estará também nessa final. Ela, aliás, já dá nome a um dos movimentos mais difíceis de se executar, com duas piruetas e meia -- um desafio para a brasileira em seu segundo salto. Também concorrem a medalha, pelo menos teoricamente, a sul-coreana Hog Um-jong e a norte-americana Alicia Sacramone -- que tentará se redimir de vexame na trave, durante a prova por equipes.

Diego Hypólito assume a responsabilidade e se diz tranquilo para a disputa final do solo, do qual é especialista. Seus grandes adversários são o romeno Marian Dragulescu e o espanhol Gervasio Deferr.

GUERRA NO SOLO

A vivacidade e o charme de Shawn Johnson são as armas que a garantiram no topo da prova da "ginasta mais completa" do último Mundial. Em Pequim, para tentar o ouro do solo, ainda conta com mais consistência em sua coreografia, que muitas vezes ficou atrás da performance mais criatividade da chinesa Cheng Fei.

No geral por aparelhos, Liukin teve a mesma nota no solo que Johnson. Da romena Sandra Izbasa, os jornalistas especializados destacam a elegância, e da brasileira Daiane dos Santos, o ritmo.

No salto, a tricampeã mundial Cheng teve a maior nota na qualificação para a final de Pequim. Os chineses estão contando com ela para um quarto ouro na ginástica desta Olimpíada.

Alicia Sacramone, que falhou na trave e no solo e destruiu o sonho norte-americano por equipes, terá chance de redenção no salto. Para ela, Cheng é a ginasta a ser batida. "Ela é uma admirável saltadora. A mais dura adversária."

DIEGO FAVORITO

A final masculina do solo é uma das poucas em que os chineses não aparecem como candidatos a medalha. O favorito é Diego Hypólito, com dois títulos mundiais e uma série muito forte -- o brasileiro foi o melhor na classificação.

Ele disse que deixaria para a última hora a definição de qual série iria apresentar na luta pelo ouro. Esteve treinando a mais difícil, com uma pirueta e meia na terceira passada (em vez de meia), mais o "Hypólito" (duplo twist carpado). Mas pode fazer uma série mais fácil se perceber que será possível não arriscar.

Na classificação, o romeno Marian Dragulescu, prata olímpica em 2004, ficou a apenas 0.025 da nota do brasileiro -- a mais alta. "A única coisa que falta na minha carreira é um ouro olímpico e essa é minha meta aqui", disse o ginasta romeno, seis vezes campeão mundial em salto e solo.
UOL

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

"Ser a décima melhor do mundo é bom", diz Jade após final




da Folha Online

Décima colocada na final do individual geral da ginástica feminina nos Jogos Olímpicos de Pequim, nesta sexta-feira, a ginasta brasileira Jade Barbosa revelou que optou por arriscar alto no salto, último aparelho da série, para tentar melhorar sua classificação final. A brasileira acabou sofrendo uma queda.

Apesar de ter ficado abaixo de seu desempenho no último Mundial, quando ficou com o bronze no individual geral, o décimo lugar foi a melhor colocação da história de uma brasileira em Olimpíadas, superando o 12º lugar de Daniele Hypólito em Atenas-2004.

"Fiz um salto arriscado porque já não tinha nada a perder", declarou Jade, que mesmo assim festejou sua colocação.

"Estou feliz em poder representar o Brasil na Olimpíada. Ser a décima melhor do mundo é bom. Apesar dos meus erros, fiz o que podia. Podia ter sido melhor, mas foi o que eu consegui", afirmou a brasileira, em entrevista ao canal Sportv.

Jade somou 59,550 pontos. A campeã foi a norte-americana Nastia Liukin, que conseguiu 63,325 pontos. Em segundo lugar ficou outra americana, Shawn Johnson, campeã do individual geral no Mundial-2007, com 62,725. O bronze ficou com a chinesa Yilin Yang, com 62,650.

A outra brasileira na prova, Ana Cláudia Silva, ficou na 22ª e antepenúltima posição. Na final por equipes, na quarta-feira, o Brasil terminou em oitavo lugar.

Mais finais

O Brasil ainda participará de outras três finais na ginástica: no salto, com Jade Barbosa, e no solo, com Daiane dos Santos, na disputa feminina, e com Diego Hypólito, no solo masculino.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Com um belo ippon, Edinanci Silva vence a segunda na repescagem

O Globo Online

RIO - Com um lindo ippon, Edinanci Silva derrotou a italiana Lucia Morico, medalha de bronze em Atenas-2004, e avançou na repescagem. Só falta mais uma luta para a brasileira chegar na disputa da medalha de bronze na categoria até 78 kg.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Brasil fica em oitavo na disputa por equipes da ginástica; China leva ouro


Jade se apresenta na trave, o último aparelho disputado pelas brasileiras
As ginastas mostraram evolução: nenhuma das três caiu da trave. A equipe ficou na última colocação da final por equipes, em oitavo, um feito inédito para a ginástica artística brasileira. Chinesas levaram ouro, americanas prata e romenas bronze.
Flávio Florido/UOL

Brasil fica em oitavo na disputa por equipes da ginástica; China leva ouro
Lello Lopes
Em Pequim (China)
A pretensão brasileira era chegar em quarto ou quinto lugar na final por equipes da ginástica artística dos Jogos Olímpicos de Pequim. Mas a realidade foi bem mais dura. Com um desempenho abaixo das expectativas e a nota total de 174,875 pontos, a equipe acabou a competição em oitavo lugar.

VETERANAS SE DESPEDEM
Flávio Florido/UOL
Notas brasileiras no solo ficaram abaixo das expectativas, mas Daiane se destacou
Flávio Florido/UOL
Performance de Daniele Hypólito na trave foi sua última apresentação em Olimpíadas
VEJA IMAGENS DA FINAL
NOTÍCIAS DE GINÁSTICA ARTÍSTICA
CALENDÁRIO DA MODALIDADE
OURO CHINÊS TAMBÉM NO MASCULINO
A medalha de ouro foi para a China (188,900), que travou uma emocionante batalha com os Estados Unidos. As norte-americanas erraram bastante no solo e ficaram com a prata (186,525), enquanto a Romênia (181,525) surpreendeu a Rússia e terminou com o bronze.

O público que lotou o Ginásio Nacional de Pequim foi ao delírio com a equipe chinesa. Um barulho ensurdecedor marcou a apresentação das anfitriãs no solo, que definiu a conquista da medalha. No total, as chinesas foram as melhores em dois aparelhos, solo e barras, enquanto as norte-americanas foram superiores no salto e na trave.

Mesmo com o último lugar na decisão, o Brasil sai de Pequim com a sua melhor campanha nos Jogos Olímpicos. Em Atenas-2004, a delegação nacional terminou na nona colocação.

O solo, grande especialidade das brasileiras, foi o principal vilão na final. Ana Cláudia Silva, a primeira a se apresentar, teve um desempenho sofrível, tirando nota 13,375. Na fase eliminatória, realizada no domingo, a nota dela foi 14,800.

Em seguida, foi a vez de Jade Barbosa se apresentar. Finalista no individual geral, assim como Ana Cláudia, a atleta também teve erros em sua apresentação. Em uma das acrobacias, Jade aterrissou com os dois pés bem fora do solo. Com isso, recebeu uma nota 14,325.

Meninas do Brasil vencem a Sérvia no vôlei por três sets a zero



Do Portal Uai
Marcelo Del Pozo/Reuters

A equipe do vôlei feminino do Brasil, comandada pelo técnico José Roberto Guimarães, conseguiu mais uma vitória incontestável nos Jogos Olímpicos de Pequim, desta vez em cima da Sérvia, por 3 sets a 0. Jogando com tranqüilidade,o Brasil não deu chances para a equipe adversária e atropelou as sérvias com parciais de 25/15, 25/13 e 25/23.

O primeiro set começou bastante equilibrado, com as duas equipes se alternando à frente no placar, mas graças ao saque preciso de Mari, logo o Brasil tomou a dianteira e só administrou a vantagem, sem maiores sustos, já que a Sérvia praticamente não ameaçou. A equipe brasileira chegou a abrir dez pontos no placar e, sobrando em quadra, as meninas fecharam o primeiro set por 25/15.

A Sérvia começou a esboçar uma reação no segundo set, mas logo foi superada pela qualidade técnica brasileira. A recepção melhorou bastante e, junto dos bloqueios, foi determinante para o Brasil desta vez abrir doze pontos à frente da Sérvia e fechar o set por 25/13.

A surra aplicada até então pela equipe brasileira acordou a Sérvia no terceiro set. A equipe adversária não se entregou em quadra e tentou alcançar o Brasil no placar. Alguns erros de arbitragem contribuíram para desconcentrar o time de José Roberto, que a equipe sérvia soube bem aproveitar, e encostar no final. Mas a reação foi insuficiente e o Brasil fechou o set por 25/23 e venceu a partida.

As meninas do vôlei do Brasil lideram o seu grupo e agora vão enfrentar o Cazaquistão na próxima sexta-feira (15/08), à 1h da manhã (horário de Brasília), na terceira partida da primeira fase dos Jogos Olímpicos.

Obstáculos olímpicos (Orlando Duarte - Tribuna da Imprensa)

Dizia antes dos Jogos Olímpicos de Pequim que seria muito importante termos confiança nos atletas brasileiros, a maior delegação do País na história das Olimpíadas. Mas, todos nós sabemos que os Jogos reúnem, simplesmente, os melhores do mundo em todas as modalidades. Na natação, por exemplo, Thiago Pereira chegou à final dos 400 medley, mas ficou em oitavo lugar, já que a dificuldade em se aproximar de Michael Phelps é evidente.

No handebol, as meninas mostram evolução a cada Olimpíada e bateram na trave, ao levar o gol de empate da Hungria no último segundo de jogo. Outras seleções européias continuam sendo as melhores do mundo e brigarão pelo ouro.

No judô, o Brasil entrou como favorito com João Derly, mas o judoca não foi bem e saiu de Pequim sem a medalha olímpica. Teremos mais dificuldades pela frente, pois os Jogos estão apenas no começo. A palavra superação deverá andar debaixo do braço de cada atleta na Vila Olímpica, já que, mesmo com as dificuldades, temos boas chances de medalhas.

Fundamento

Perdemos mais uma no basquete feminino. As meninas, únicas representantes do Brasil, já que o time masculino sequer conquistou a vaga, perderam a segunda partida de maneira fácil. O time perdeu bons contra-ataques e desperdiçou muitos arremessos livres, um pecado num jogo de tamanha importância.

Evolução

O Brasil cresceu na hora certa. Diante da Sérvia, no vôlei masculino, depois de perder o primeiro set, o time masculino mostrou que pode conquistar o ouro e sobrou em quadra. As meninas, contra o fantasma russo, deram show e também ganharam confiança.

Emoção

A mãe da judoca Ketleyn Quadros está em Pequim e acompanhou as lutas da filha. Ela se emocionou como todo o Brasil com a concentração e a dedicação da atleta brasileira.

Missão Impossível 2

Cuca chegou ao Santos para sua Missão Impossível. Não conseguiu bons resultados e saiu do Peixe. Agora, o treinador assume o Fluminense para tentar realizar um trabalho tranqüilo e tirar o tricolor da incômoda zona de rebaixamento. Ele já está acostumado ao Rio de Janeiro e a adaptação será mais fácil.

Substituto

O Flamengo ia bem no Brasileirão e tinha o artilheiro do campeonato, Marcinho. Com a saída do jogador e do centroavante Souza, as coisas começaram a ficar difíceis para o rubro-negro, que agora tem Marcelinho Paraíba, experiente atacante, para tentar resolver as pendências do setor ofensivo.

Copa

A Copa Sul-Americana ainda não premiou nenhum time brasileiro. Alguns treinadores já disseram que vão utilizar o torneio como teste. Pode ser uma boa chance para revelar jogadores, como está fazendo o São Paulo.

Na Copa Conmebol, em 1994, o tricolor fez exatamente o mesmo e revelou bons nomes, como o lateral André, o atacante Caio e um pequenino meio-campista, chamado Juninho Paulista, que, oito anos depois, seria pentacampeão mundial com a seleção brasileira.

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segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Saltos históricos

Desbancando potências, brasileiras conseguiram vaga inédita na final por equipes; elas vão tentar outras 4 medalhas

Wilson Baldini Jr.


Choro, sangue, lágrimas e sorrisos. Foi com esses ingredientes que a seleção brasileira feminina de ginástica artística obteve a inédita vaga na final olímpica, ontem, em Pequim. Daiane dos Santos, Jade Barbosa, Daniele Hypólito, Laís de Souza, Ana Cláudia Silva e Ethiene Franco garantiram o sétimo lugar e a oportunidade de disputar uma medalha, amanhã, a partir das 23h30 de Brasília (10h30 da quarta-feira, na China).

O Brasil garantiu mais quatro finais. Jade no salto (7ª, com 15.050 pontos), Daiane no solo (5ª, com 15.275) e Jade novamente no individual geral (12ª, com a pontuação de 59.500). Ana Cláudia Silva, que ficou na 28ª colocação, com 57.575 pontos, foi beneficiada pelo regulamento, pelo qual apenas duas atletas de cada país são permitidas por decisão. Assim, subiu posições e entrou na 23ª das 24 vagas à final.

A seleção de Oleg Ostapenko somou 233.800 pontos e desbancou potências como Japão, Grã-Bretanha, Itália, Ucrânia e Alemanha. As líderes chineses conseguiram 248.275, seguidas das americanas (246.800) e

das russas (244.400). "Eu sempre disse para as meninas que nós merecíamos essa classificação pelo trabalho que foi feito nos últimos oito anos. Sofremos e treinamos muito", disse Daiane dos Santos, quinta colocada no solo em Atenas/2004. "Agora estou mais madura e tranqüila. Só falta uma medalha, seja ela qual for."

SEM FALAR

Jade Barbosa, apesar do feito histórico, evitou a imprensa. "Não posso falar, não posso falar", disse a ginasta, ao passar correndo pela zona mista (local de entrevistas).

A atleta tinha a intenção de também obter uma vaga na final do solo, mas ficou apenas como segunda reserva (décimo lugar). Ela pisou fora da linha que delimita o tablado e acabou punida pelos árbitros. Ficou com a nota 14.800.

Mas o pior momento de Jade, que até chegou a chorar, e de toda a equipe foi na trave. Só Ana Cláudia e Ethiene não caíram no aparelho. Outro momento de tensão ocorreu nas barras assimétricas, quando Ana Cláudia Silva abriu um grande ferimento na palma da mão enquanto preparava a saída do aparelho. Possivelmente por conta da dor, a ginasta acabou caindo no fim da apresentação. Ela foi atendida pelo médico da seleção, Mário Namba, e ainda conseguiu competir na trave.

Depois da final por equipes, amanhã, a ginástica brasileira ainda terá outros desafios no decorrer da semana. Jade e Ana Cláudia disputam o individual geral, na sexta-feira. Domingo será a vez de Jade se apresentar no salto e de Daiane e Diego Hypólito representarem o Brasil no solo.

Estadão

domingo, 10 de agosto de 2008

Daiane dos Santos repete Atenas e vai à final do solo

Lello Lopes
Em Pequim (China)
Com uma apresentação que empolgou o público que compareceu ao Ginásio Nacional de Pequim, Daiane dos Santos repetiu o feito de Atenas quatro anos atrás e se classificou para a final da prova de solo dos Jogos Olímpicos de Pequim.

A ginasta gaúcha tirou nota 15,275 em sua apresentação e ficou com o quinto lugar na fase eliminatória. A chinesa Fei Cheng, favorita ao título, vai à final com a melhor nota: 15,750.

Daiane foi a última brasileira a entrar no solo. Ao som de 'Brasileirinho', ela cometeu apenas um erro grave: ter saído do tablado em uma das acrobacias. Depois da prova, ela reclamou da marcação. "Apareceu no vídeo. Eu não saí no duplo esticado", disse.

Mesmo assim, a nota de Daiane foi boa o suficiente para colocá-la entre as finalistas. A atleta foi bastante abraçada pelas companheiras de equipe.

Agora, Daiane vai tentar o que não conseguiu em Atenas: uma medalha olímpica. Na Grécia, mesmo sendo favorita ao ouro, ela ficou em quinto lugar.

As outras brasileiras tiveram um desempenho mediano no solo. Jade Barbosa, que pleiteava uma vaga na final, também perdeu pontos por sair do tablado, recebendo nota 14,900. Em sua apresentação, a atleta deixou escapar um dos alfinetes que prende o número de inscrição (315) ao uniforme.

Ana Cláudia Silva, estreante em Olimpíadas, conseguiu uma boa anota: 14,800. A também estreante Ethiene Franco tirou 14,275, enquanto a veterana Daniele Hypólito ficou com 14,250.

sábado, 9 de agosto de 2008

China domina na ginástica em dia de grande apresentação de Diego Hypólito no solo

Da AFP

A China dominou no primeiro dia da ginástica artística dos Jogos de Pequim-2008, ao terminar em primeiro lugar na fase de classificação por equipes e individual, em um bom dia para a grande esperança brasileira, Diego Hypólito.

Diego teve um excelente desempenho e dominou a fase eliminatória em sua especialidade, o solo, competição em que conquistou dois títulos mundiais, em 2005 e 2007.

O brasileiro recebeu a nota 15.950 e garantiu a liderança da fase de classificação dessa modalidade da ginástica.

Já os chineses, campeões olímpicos de Sydney-2000, que decepcionaram em Atenas há quatro anos, tiveram um grande desempenho diante de seu público. Yang Wei, que será o grande favorito do concurso completo individual, foi o destaque da China. Wei ficou em primeiro lugar, à frente do alemão Fabian Hambuechen e do sul-coreano Kim Daeeun.

Diego Hypólito lidera eliminatórias do solo nos Jogos de Pequim

da Folha Online

O ginasta brasileiro Diego Hypólito lidera as eliminatórias do solo nos Jogos Olímpicos de Pequim, após ter se apresentado neste sábado e obtido a nota 15.950.

Diego, que se apresentou no segundo grupo de ginastas --o terceiro e último grupo se apresenta ainda hoje, a partior das 9h--, precisa ficar entre os oito primeiros colocados para ir à final.

O brasileiro começou sua série com um duplo twist carpado e não executou seu movimento mais famoso, o "Hypólito" (duplo twist carpado com pirueta).

Na manhã deste sábado, Diego também participou do salto sobre o cavalo. A prova serviu apenas como aquecimento para o ginasta, que deu apenas um salto. Seriam necessários dois para entrar na disputa.

A final individual do solo será no dia 17 de agosto.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Olimpíadas de Pequim começam após cerimônia da harmonia e opulência



Li Ning acende o pavio e pira olímpica está acesa para os Jogos

Flávio Florido/UOL
Fogos deixaram o estádio Ninho de Pássaro colorido já no início da cerimônia
Jewel Samad/AFP
Tambores Fou são tocados no primeiro momento do espetáculo de abertura
Lavandeira jr/EFE
Robert Scheidt, da vela, levou a bandeira brasileira no desfile de abertura dos Jogos
Kevin Frayer/AP


Lello Lopes
Em Pequim (China)*

Às 12h36, o presidente da China, Hu Jintao, anunciou oficialmente a abertura da 26ª edição dos Jogos Olímpicos, evento que é visto pelo país como a chance de mostrar uma nova cara e impressionar o mundo. E a cerimônia foi grandiosa como os mais de 1,3 bilhão de pessoas, o crescimento econômico de cerca de 10% ao ano e os gastos que bateram a casa dos US$ 40 bilhões para construir do zero a maioria de suas arenas olímpicas, além de toda infra-estrutura de linhas de metrôs, estradas, saneamento básico e aeroporto.


Com 91 mil pessoas presentes no Ninho de Pássaro, apesar de alguns espaços vazios na parte central da arquibancada, e 14 mil participantes, o evento procurou ao máximo mesclar a tradição de mais de 5.000 anos de história com a entrada da nação em uma nova era, seja ela representada por um efeito de luzes e fogos de artifícios ou com a união de 56 crianças, cada uma de uma etnia diferente presente na China, que levaram a bandeira do país em um sinal de união. Entre elas estavam tibetanas e muçulmanas, que reclamam da repressão do governo local e ganharam a atenção do mundo em protestos nos dias que antecederam os Jogos.

O grande mistério da cerimônia só foi desvendado após mais de quatro horas de festividade. O ex-ginasta Li Ning, dono de três medalhas de ouro, duas de prata e uma de bronze nos Jogos de Los Angeles-1984, foi o último a receber a tocha olímpica, foi elevado através de cabos e deu a volta no topo do estádio, como se estivesse correndo, até alcançar um pavio, que acendeu a pira depois de 244 minutos de cerimônia.

O temor de protesto dos atletas não se confirmou, assim como possíveis vaias da platéia às nações que não gozam de boas relações com a China. Na cerimônia, a organização também evitou mencionar períodos ruins de sua história, como a invasão sofrida em parte de seu território pelo Japão no início do século 20, o período de governo de Mao Tsé-Tung e a Revolução Cultural.

O evento começou pontualmente às 20h (horário local, 9h no Brasil), quando 2.008 pessoas tocando fous, um objeto de percussão, deram início à comemoração, após um efeito de luzes com a contagem regressiva. No céu, fogos de artifício retrataram pegadas saindo da Praça da Paz Celestial em direção ao Estádio Nacional, o Ninho de Pássaro. Com a "chegada" das pegadas vieram fadas carregando o símbolo olímpico, antecedendo a entrada da bandeira chinesa, carregada por crianças das 56 etnias diferentes.

Em seguida, o país passou a apresentar suas invenções ao mundo: a pólvora, o papel, a escrita e a bússola, tendo a preocupação de misturar o antigo e o novo. No telão do estádio, a organização explicava a parte artística do evento em três línguas (inglês, francês e mandarim). A interação com o público, aliás, ganhou atenção especial da direção, que distribuiu um kit para que cada um dos 91 mil pudesse ajudar na plasticidade da cerimônia, fosse com um lenço, uma lanterna ou um tambor. Mas parte da platéia não aderiu, deixando os objetos de lado.

No centro do estádio, artistas se revezavam em coreografias bem ensaiadas, usando bastante efeito de luz e alegorias opulentas. A cerimônia ainda rendeu suas homenagens à evolução comercial do país com o Ocidente, superando o período das dinastias, e mostrou a preocupação com o meio ambiente, através da representação de uma pipa e a ligação dos chineses com a natureza, contrastando com a preocupação atual de atletas com os altos índices de poluição em Pequim.

Depois da execução da música-tema dos Jogos, teve início o desfile das delegações. Como manda a tradição, a Grécia foi a primeira a entrar no Ninho de Pássaro com o judoca Ilias Iliadis levando o pavilhão.

Às 10h30 (de Brasília), o velejador Robert Scheidt pisou no estádio com a bandeira brasileira. Com muitas máquinas fotográficas, a delegação vestiu paletó verde, calça azul e chapéu branco com uma faixa em verde e amarelo. A torcida aplaudiu bastante a equipe, enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva saudava os atletas.
AS FOTOS DA FESTA

O público, aliás, procurou ser simpático com todas as delegações, aplaudiu efusivamente Hong Kong e Taiwan, territórios chineses, assim como rivais históricos como Japão e EUA. Mas coube também aos norte-americanos as únicas vaias da platéia, mesmo que tímidas, dirigidas ao seu presidente, George W. Bush, quando este foi mostrado no telão.

Foram 204 nações, já que Brunei foi excluído a poucas horas do início da cerimônia, com a dona da casa fechando o desfile. O jogador de basquete Yao Ming teve a missão de ser o porta-bandeira da maior equipe dos Jogos e que pretende, enfim, ser a líder do quadro de medalhas, superando os EUA e a Rússia.

Em seguida, o presidente do comitê organizador fez seu discurso e o presidente do COI, Jacques Rogge, lembrou das vítimas do terremoto, que atingiu principalmente a província de Sichuan, neste ano, antes que Hu Jintao, o presidente chinês, inaugurasse as Olimpíadas que têm a missão de mostrar a nova faceta da nação no maior evento poliesportivo do mundo, que durará os próximos 16 dias

Delegação brasileira, com Robert Scheidt à frente, desfila na Cerimônia de Abertura






Delegação brasileira, com Robert Scheidt à frente, desfila na Cerimônia de Abertura - Reuters