Ivy Farias
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Para aumentar as chances de o Brasil obter mais medalhas nas próximas Olímpiadas, que serão realizadas em Londres, em 2012, o Ministério dos Esportes começa a pensar em um plano estratégico para incentivar a prática de esportes no país e identificar e formar novos talentos. "Acreditamos que, a partir da quantidade, sai a qualidade", avalia o secretário nacional de Esporte Educacional, Júlio Filgueira, que está envolvido na elaboração do projeto.
Filgueira acredita que o país já pode ser uma potência mundial do esporte a partir de 2012. "Vamos melhorar cada vez mais nosso desempenho", diz o secretário, que participou da 26º edição da Sports Business, feira de negócios de esportes, na tarde de hoje (3), em São Paulo.
Apesar de não ter nenhum plano estruturado para 2012 até o momento, o Ministério dos Esportes tem dialogado com o Comitê Olímpíco Brasileiro (COB) e o Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB) para, até o final do ano, criar programas de incentivo. "Vamos trabalhar também em parceria com o MEC para levar o esporte até as escolas", explica o secretário. Por enquanto, o Ministério dos Esportes não tem uma previsão de orçamento para destinar para os programas.
De acordo com Filgueira, investir no esporte e ajudar atletas a trazer medalhas só traz benefícios para a nação. "Quando a Maurren Maggi chega com uma medalha de ouro, ela inspira toda uma geração a praticar esportes, promovendo qualidade de vida e saúde." Para o secretário, não serão apenas os jovens atletas descobertos que serão os únicos beneficiários do programa: os esportistas que já estão competindo em eventos internacionais também terão mais retorno. "Os que estão na 'entresafra' já podem contar com o Bolsa Atleta, por exemplo", diz ele, sobre o programa que garante uma bolsa para atletas de alto desempenho que não tenham patrocínio.
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