quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Obstáculos olímpicos (Orlando Duarte - Tribuna da Imprensa)

Dizia antes dos Jogos Olímpicos de Pequim que seria muito importante termos confiança nos atletas brasileiros, a maior delegação do País na história das Olimpíadas. Mas, todos nós sabemos que os Jogos reúnem, simplesmente, os melhores do mundo em todas as modalidades. Na natação, por exemplo, Thiago Pereira chegou à final dos 400 medley, mas ficou em oitavo lugar, já que a dificuldade em se aproximar de Michael Phelps é evidente.

No handebol, as meninas mostram evolução a cada Olimpíada e bateram na trave, ao levar o gol de empate da Hungria no último segundo de jogo. Outras seleções européias continuam sendo as melhores do mundo e brigarão pelo ouro.

No judô, o Brasil entrou como favorito com João Derly, mas o judoca não foi bem e saiu de Pequim sem a medalha olímpica. Teremos mais dificuldades pela frente, pois os Jogos estão apenas no começo. A palavra superação deverá andar debaixo do braço de cada atleta na Vila Olímpica, já que, mesmo com as dificuldades, temos boas chances de medalhas.

Fundamento

Perdemos mais uma no basquete feminino. As meninas, únicas representantes do Brasil, já que o time masculino sequer conquistou a vaga, perderam a segunda partida de maneira fácil. O time perdeu bons contra-ataques e desperdiçou muitos arremessos livres, um pecado num jogo de tamanha importância.

Evolução

O Brasil cresceu na hora certa. Diante da Sérvia, no vôlei masculino, depois de perder o primeiro set, o time masculino mostrou que pode conquistar o ouro e sobrou em quadra. As meninas, contra o fantasma russo, deram show e também ganharam confiança.

Emoção

A mãe da judoca Ketleyn Quadros está em Pequim e acompanhou as lutas da filha. Ela se emocionou como todo o Brasil com a concentração e a dedicação da atleta brasileira.

Missão Impossível 2

Cuca chegou ao Santos para sua Missão Impossível. Não conseguiu bons resultados e saiu do Peixe. Agora, o treinador assume o Fluminense para tentar realizar um trabalho tranqüilo e tirar o tricolor da incômoda zona de rebaixamento. Ele já está acostumado ao Rio de Janeiro e a adaptação será mais fácil.

Substituto

O Flamengo ia bem no Brasileirão e tinha o artilheiro do campeonato, Marcinho. Com a saída do jogador e do centroavante Souza, as coisas começaram a ficar difíceis para o rubro-negro, que agora tem Marcelinho Paraíba, experiente atacante, para tentar resolver as pendências do setor ofensivo.

Copa

A Copa Sul-Americana ainda não premiou nenhum time brasileiro. Alguns treinadores já disseram que vão utilizar o torneio como teste. Pode ser uma boa chance para revelar jogadores, como está fazendo o São Paulo.

Na Copa Conmebol, em 1994, o tricolor fez exatamente o mesmo e revelou bons nomes, como o lateral André, o atacante Caio e um pequenino meio-campista, chamado Juninho Paulista, que, oito anos depois, seria pentacampeão mundial com a seleção brasileira.

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